quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Estamparia corrida estática!

Olá pessoal, neste post coloco exemplos de estampas corridas estáticas e, o que seria isso?
Bom, a estampa corrida estática ela não dá a sensação de movimento, ou seja, ela não possui elementos que, junto à ela possam nos fornecer esta sensação.
As imagens abaixo fui eu quem desenvolveu para um trabalho. Espero que gostem e que consigam desabrochar esse potencial criativo que tem dentro de cada um de vocês!

Um abraço.


sábado, 30 de janeiro de 2010

PAINEL DO USUÁRIO

Bom pessoal, este painel vai relacionar suas pretenções com o usuário. Quem você quer atingir, o que faz, o que come, o que veste, se é casado, se é jovem... Essas coisas.
Antes de tudo vocês deverão fazer o briefing do usuário, onde conterão perguntas que irão mostrar como é o modo de vida deste seu cliente.

No painel deverá ter:
  • Modo de vida do usuário (como são, o que comem, o que fazem, estilo de vida, o que escutam, para onde saem, enfim, o dia-a-dia).

Perguntas para o Briefing:

  1. Quem são? (homens, mulheres...)
  2. O que gostam, fazem?
  3. Faixa etária?
  4. Classe social?
  5. Onde compram? (Shopping, galeria, feira-livre...)
  6. Como compram? (A cartão, dinheiro, cheque...)
  7. Compra periodicamente?
  8. Compram em que quantidade?
  9. Qual a ocupação profissional deste cliente?
  10. As razões da compra são emocionais ou racionais?
  11. Até quanto este cliente pagaria pelo seu produto?
  12. Quais são os pontos positivos e negativos do seu produto?
  13. Quais os objetivos do mercado?
  14. A empresa se preocupa com a sustentabilidade?
  15. Qual é a forma de conversa entre produto e usuário? (que mensagem pretende passar, qual a imagem do produto...)

PAINEL DE TEMA

Este painel vai resumir a sua inspiração e a sua tendência, ou seja, vai restringí-lo a uma só "imagem-chave". Dependendo do grupo e de quantas inspirações vocês tiveram, será, apenas, uma "imagem-chave" para cada inspiração.
  • O Painel deverá conter um tema e este tema tem que interligar todas as inspirações;
  • A "imagem-chave" vai ter relação direta com a sua estampa final.

PAINEL DE TENDÊNCIAS

Neste painel você vai colocar a tendência que irá trabalhar, nele, a relação entre sua inspiração e a tendência ficam mais estreitas, elas passam a se interligar. Então, mãos à obra, galera!

No painel tem que ter:

  • Relação da inspiração com a tendência (produtos, artefatos, ícones que lembrem a tendência de alguma forma);
  • Palavras-chaves;
  • Referências estéticas e culturais;
  • Conceito da tendência;
  • Texturas (aspectos visuais, padronagens, efeitos táteis);
  • Cheiros e sensações.

Exemplos de painel de tendências:

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

AS TENDÊNCIAS - VERÃO 2011

De acordo com a CIFF, as tendências para o verão 2011 são:

1- Apelo Popular



Alternativo chic e mais selvagem.
Uma mulher-criança com um olhar retrô fixado em um universo de Twin Peaks (seriado da T.V. Norte Americana). Ela se parece com mamãe e ele se parece com o vovô. Um divertido humor feminino, padrões vintage e cores desbotadas dos anos 60 e 70, os americanos criam uma atmosfera mundana como um anjo.
Cores
A alegria, a gama ainda um pouco desbotada evocando cores dos anos 70, que parecem ter sido atenuadas na máquina de lavar. Tons amortecidos: azul pálido, bege desbotado, caqui suave. Uma vasta e preenchida cartela de cores por tons de amarelo intenso ou violeta com acentos mais fortes de vermelho ou azul céu.

2- Luz Tecnológica



De volta ao futuro
Um novo começo mostrando otimismo e progresso. A tecnologia torna-se uma forma lúdica doce. Uma tecnologia nova e positiva em alta para reiniciar com referências à ingenuidade dos anos 50.
Cores
Frescos, tons ácidos que evocam elixires químicos e emulsões experimentais. O altivo, ligeiramente pop, cores da agradável vitamina explosiva: turquesa, verde, rosa, amarelo e laranja ácida. Eles são acompanhados por um segundo intervalo da mais desbotada e um pouco
vaidosa de tons acinzentados.

3- Tribos Sulamericanas



Nos dirigimos à América do Sul
Um caldeirão criativo em uma mistura de influências e civilizações. Desse universo, redescobrimos tanto glamour apelativo das atrizes de filme sedutor como Maria Felix e a elegância dos trajes humildes do folclore tradicional.
Cores
Vibrantes, alegres matizes partindo em barras de cor. O esplendor da mistura de vermelho e violeta profundo com tons mais neutros evocando seca, paisagens sulamericanas: ocres, argilas, beges, verdes cactos.

4- Ode à Natureza



Uma homenagem à natureza
Cerimônias modernas, semi pagãs, meio-religiosas, que evocam as deusas e as virgens vestais da Antiguidade, pinturas pré-rafaelitas e simbolismo. Um romântico, a apelação espiritual e poética.
Cores
Uma paleta suave e serena, com acentos de caulim. Gessados, luz, desvanecidos, pó de talco e cores são acompanhadas por tons mais intensos de bege e lilás. Uma gama de dinâmica, pastel primavera é acrescentado a esta base: rosa, verde, amarelo, laranja verde, vibrante.

PAINEL DE TENDÊNCIAS

AFINAL, O QUE É UMA TENDÊNCIA?

Tendências nada mais são do que previsões e especulações quanto ao uso de determinado fit, rapport, cor, tecido, estilos, estampas, manualidades, acessórios, aviamentos etc.
Mais estas previsões não são infundadas ou sem base. Elas são produto do ciclo da moda. São os resultados do ritmo contínuo deste mercado e reflexo do interesse social no mesmo.
As tendências são obtidas através de pesquisa de consumo, comunas de acordo, análise de valores sociais, de desejos particulares dos consumidores, de criações inovadores de estilistas, de releituras de quadros históricos, etc. E podem consagrar e focar uma infinidade de coisas e valores: costumes e valores mídiatistas, consagração de ídolos e ícones, costumes étnicos, personagens, personalidades, cores e formas determinadas pelo sentido.
O objetivo do emprego de determinadas cores, texturas, formas etc nas roupas, levado por uma tendência é impressionar os sentidos, e educá-los a sentir as emoções impressas pelo conjunto. Daí o emprego de verdes ao falar de natureza, rosas ao exaltar carinho, fetiches aos vermelhos e carnais etc. Estes são os recursos da moda para enfatizar o foco da tendência.
Em geral, a moda brasileira sobre maior influência dos países europeus e dos Estados Unidos uma vez que estes antecipam uma estação em relação a nossa. Ou seja, a coleção primavera /verão que está sendo comercializada agora lá, serve de influência, referência e modelo para as criações da nossa próxima coleção primavera/verão. Como a moda brasileira passa por transformações atualmente (com uma maior valorização da criatividade e originalidade do produto nacional), uma fatia do mercado já se desprende deste compromisso com o legado internacional.

(retirado de: http://www.portaisdamoda.com.br)

Bom pessoal, neste Painel, gostaria que vocês colocassem a relação das tendências com as suas inspirações. Segue um exemplo abaixo:

sábado, 23 de janeiro de 2010

A ESTAMPA PALHAÇO

Olá pessoal, como havia dito em sala de aula sobre o palhaço, postei as imagens da minha composição.

O desafio foi o seguinte: eu tinha o tema Circo, deveria fazer uma estampa com este tema, daí surgiu a inspiração em uma tipografia (criação de caracteres de texto - letras) chamada Amadeus Regular. Com a inspiração obtida através desta tipografia, escolhi o palhaço que é, sem dúvida, o grande representante do circo e dei um conceito à ele. Juntei os três (tema Circo + tipografia Amadeus Regular + conceito de Palhaço) e construí uma ilustração.

Abaixo seguem as imagens:



Como se pode ver, o elemento da ilustração foi contruído com as letras T, O, S e o (. A cartola do palhaço é formada por dois T de cabeça para baixo e o ( complementa a cartola. O rosto é formado pelo O e o cabelo dele pelo S. A tipografia já vem desse jeito, qualquer coisa coloquem o nome Amadeus no site http://www.netfontes.com.br/ nele, vocês também podem ter várias fontes de isnpiração através de tipografias.

um abraço,

Bruna Karolina

DIMENSÕES DOS PAINÉIS


O painel deve ser em uma cartolina branca, com as dimensões acima citadas.

ATIVIDADE 01 - PAINEL DE INSPIRAÇÃO

DESCOBRINDO FONTES DE INSPIRAÇÃO

Para encontrar fontes de inspiração, para tirar proveito visual do mundo ao redor e como utilizar suas observações na criação de projetos inovadores; é uma tarefa que depende do seu "novo" olhar para as coisas.
A inspiração para trabalhos criativos está em toda a parte. Comece dando uma volta por sua própria casa, observando-a, mas com um novo olhar. O velho papel de parede na sala (a forma com que a casa foi pintada) pode ser um ótimo fundo para uma ilustração, ou a foto de um parente pode fornecer a silhueta perfeita para o molde de uma figura de moda.
Quando você abre os olhos para o mundo, descobre que ele tem todo um potencial para despertar sua imaginação. Nos museus, um tesouro de artefatos e antigüidades inspiradoras estão à espera de interpretação artística. A nostalgia do passado sempre nos cativa.
Como artista, você deve estar sempre aberto aos estímulos visuais da vida cotidiana. Até uma compra no supermercado pode gerar novas idéias, por meio da observação da variedade vibrante de embalagens nas prateleiras. Na volta para casa, você pode pensar em exemplos arquitetônicos, paisagens ou jardins cujas formas e texturas intrigantes estimulem a sua imaginação. Seus pensamentos podem ser despertados por uma música envolvente, uma imagem em uma revista pode inspirar uma nova idéia, um bom documentário na televisão pode instigar sua energia criativa e o seu poema favorito pode evocar imagens atraentes...
... só depende de você e do seu "novo" olhar para a vida.

MORRIS, Bethan. Fashion Illustrator - Manual do
Ilustrador de Moda. São Paulo, 2007.

Exemplo:

Este é um Painel de Inspiração feito por mim, nele me inspirei em árvores, cipós da Mata Atlântica, nas cores das flores tropicais e no verde das folhagens.


Nesta outra imagem, no n°1 Uma foto em close de cavalinhas recém pescadas na praia, oferece ponto de partida para estimular as idéias criativas. Reparem nos olhos, na luz e as formas interessantes.

no n°2 em uma colagem com diversos materiais (painel de inspiração) o papel de alumínio representa a textura brilhante das escamas dos peixes, e o formato dos olhos é recriado com rodelas transparentes e tintas.

no n° 3 sçao sapatos criados com a idéia dos olhos dos peixes, desenhados com caneta marcadora.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ANOS 80 - CULTO AO CORPO



Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas. Os seriados de televisão, como Dallas, mostravam mulheres glamourosas, cobertas com jóias e por todo o luxo que o dinheiro podia pagar. Os yuppies, executivos jovens sedentos por poder e status, também eram outro movimento.
A moda apressou-se por responder a esses desejos, criando um estilo nada simplório. Num afã em ostentar, todas as roupas de marcas conhecidas tinham seus logos estampados no maior tamanho possível, com preços proporcionais. O jeans alcança seu ápice, ganhando status. E os shoppings tornaram-se paraíso dos consumistas.
Mas, não bastava ser bem-sucedido e bem-vestido. Nessa década, ter um corpo bonito e saudável era essencial para o sucesso. Assim, numa continuidade pelo amor aos esportes inaugurado na década anterior, explodiram academias por todos os cantos, onde os freqüentadores iam com suas polainas e collants para as aulas de aeróbica, movidas por músicas dançantes e ritmadas, com temática comum: ginástica, poder, sucesso.
Influenciando as roupas, o espírito esportivo levou o moletom e a calça fuseaux para fora das academias e consagrou o tênis como calçado para toda hora. Este último também fez ressurgir a moda de calçados baixos, como os mocassins, tanto multicoloridos como clássico.




O look "molhado", conseguido com gel e mousse para cabelos, fez a cabeça de homens e mulheres, ao lado das permanentes fartas e topetes tão altos quanto se conseguisse deixá-los.



A cartela de cores era vibrante, prezando por tons fortes e fluorescentes, com jogos de tons e contrastes. A modelagem era ampla. As mulheres, que nesse momento ingressaram maciçamente no mercado de trabalho à procura por cargos de chefia, adotaram o visual masculino. Cintura alta e ombros marcados por ombreiras era a silhueta de toda a década, ao lado de pregas e drapeados para a noite ou dia. A moda masculina seguiu o mesmo estilo, com ternos folgados e calças largas. Nos acessórios, tamanho era sinônimo de atualidade.



A música se consagrou como formadora de opinião e estilo, levando ao estrelato cantoras como Madonna, que influenciou a sociedade com seu estilo livre e despudorado. O Punk, New Age e Break também merecem destaque. Em um universo tecnológico (o Atari surgiu nessa época), a moda também se inspirou no Japão, emergente com suas novidades, e em tudo o que fosse eletrônico... neons, computadores, automáticos...



Mostrando toda a atmosfera das discotecas dos anos 70 mais do que qualquer outro filme musical, Os Embalos de Sábado à Noite mudou uma geração. O filme, que mostra o cotidiano de um rapaz que procura esquecer seus problemas dançando nas discotecas de Nova York, virou uma verdadeira febre mundial.
Tony Manero é um jovem sem perspectivas de vida, que só vê razão na sua existência quando está em uma pista de dança. Lá ele é o maioral, mas começa a questionar sua vida através da influência de algumas pessoas que o rodeiam.

ANOS 70 – MODA DISCO E PSICODÉLICA



Caracterizou-se uma época, oferecendo um estilo diferente e ilustrando os hábitos de vida da juventude. A década se mostra pelo sucesso das discotecas, visto com perfeição no filme “Os Embalos de Sábado a Noite”. A geração hippie dos anos 70 influenciou na moda, valorizando peças despojadas e explorando o colorido das estampas. O visual black power se tornou conhecido, o movimento punk começou a ganhar forma e personalidades da música e do cinema exerceram influência no figurino das pessoas.



As mulheres contaram com peças ousadas e diferentes durante a década, a intenção era explorar as cores com ousadia. Peças como vestidos estampados e batas formavam o figurino feminino da época. As atrizes da série americana As Panteras influenciaram na maquiagem (foco nos olhos) e no penteado (cabelos compridos e cheios).
No ritmo de John Travolta, os homens passaram a usar calças boca-de-sino, camisetas floridas e óculos escuros que enfatizavam o charme masculino. Estampas psicodélicas e geométricas também marcavam presença no visual.



No final da década, partes significativas da juventude tinham aderido ao modo de ser sombrio e agressivo do punk ou ao estilo colorido, descompromissado e hedonista na onda da discoteca e da música pop.

ANOS 60 – A ÉPOCA QUE MUDOU O MUNDO





Os anos 50 chegaram ao fim com uma geração de jovens, filhos do chamado "baby boom”. A nova década que começava já prometia grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo.
A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema. As moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e atacavam de calças cigarette, num prenúncio de liberdade.
Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.
O que caracterizou os anos 60 foi, sem dúvida, a minissaia. A inglesa Mary Quant divide com o francês André Courrèges sua criação. Em 1965, na França, André Courrèges operou uma verdadeira revolução na moda, com sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de futuro, em suas "moon girls", de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes.
Nessa época, Londres havia se tornado o centro das atenções, a viagem dos sonhos de qualquer jovem, a cidade da moda. Afinal, estavam lá, o grande fenômeno musical de todos os tempos, os Beatles. Entretanto, os anos 60 sempre serão lembrados pelo estilo da modelo e atriz Twiggy, muito magra, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador. A maquiagem era essencial e feita especialmente para o público jovem. O foco estava nos olhos, sempre muito marcados. Os batons eram clarinhos ou mesmo brancos e os produtos preferidos deviam ser práticos e fáceis de usar.
A moda masculina, por sua vez, foi muito influenciada, nos início da década, pelas roupas que os quatro garotos de Liverpool usavam, especialmente os paletós sem colarinho de Pierre Cardin e o cabelo de franjão. Também em Londres, surgiram os mods, de paletó cintado, gravatas largas e botinas. A silhueta era mais ajustada ao corpo e a gola rolê se tornou um clássico do guarda-roupa masculino. No Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderléa de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa [como os Beatles]. A palavra de ordem era "quero que vá tudo pro inferno".
No final dos anos 60, de Londres, o reduto jovem mundial se transferiu para São Francisco (EUA), região portuária que recebia pessoas de todas as partes do mundo e também por isso, berço do movimento hippie, que pregava a paz e o amor, através do poder da flor [flower power], do negro [black power], do gay [gay power] e da liberação da mulher [women's lib]. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo.
A esse conjunto de manifestações que surgiram em diversos países deu-se o nome de contracultura. No Brasil, o grupo "Os Mutantes", formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Batista, seguiam o caminho da contracultura e afastavam-se da ostentação do vestuário da jovem guarda, em busca de uma viagem psicodélica.
A moda passou a ser as roupas antes reservadas às classes operárias e camponesas, como os jeans americanos, o básico da moda de rua. Nas butiques chiques, a moda étnica estava presente nos casacos afegãos, fulares indianos, túnicas floridas e uma série de acessórios da nova moda, tudo kitsch, retrô e pop.
Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. Nesse sentido, para as mulheres, o surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década, foi responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal. Porém, elas também queriam igualdade de direitos, de salários, de decisão. Até o sutiã foi queimado em praça pública, num símbolo de libertação.
Os 60 chegaram ao fim, coroados com a chegada do homem à Lua, em julho de 1969, e com um grande show de rock, o "Woodstock Music & Art Fair", em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, música, sexo e drogas.






Recria a atmosfera e os costumes do início da década de 1950. Conta a história de uma professora de arte que, educada na liberal Universidade de Berkeley, na Califórnia, enfrenta uma escola feminina, tradicionalista – Wellesley College, onde as melhores e mais brilhantes jovens mulheres dos Estados Unidos recebem uma dispendiosa educação para se transformarem em cultas esposas e responsáveis mães. No filme, a professora irá tentar abrir a mente de suas alunas para um pensamento liberal, enfrentando a administração da escola e as próprias garotas.

ANOS 50 – A ÉPOCA DA FEMINILIDADE





Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias.
Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período. Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o "New Look" Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação.
Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. O clima era de sofisticação e era tempo de cuidar da aparência. A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de lançamentos de produtos para os olhos, um verdadeiro arsenal composto por sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, além do indispensável delineador. A maquiagem realçava a intensidade dos lábios e a palidez da pele, que devia ser perfeita.
O grande destaque na criação de sapatos foi o francês Roger Vivier. Ele criou o salto-agulha, em 1954 e, em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do bico chato e quadrado, entre muitos outros. Vivier trabalhou com Dior e criou vários modelos para os desfiles dos grandes estilistas da época. Em 1954, Chanel reabriu sua maison em Paris, que esteve fechada durante a guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças que se tornariam inconfundíveis, como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa a tiracolo em matelassê e o escarpin bege com ponta escura.
Ao som do rock and roll, a nova música que surgia nos 50, a juventude norte-americana buscava sua própria moda. Assim, apareceu a moda colegial, que teve origem no sportswear. As moças agora usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.
Ao final dos anos 50, a confecção se apresentava como a grande oportunidade de democratização da moda, que começou a fazer parte da vida cotidiana. Nesse cenário, começava a ser formar um mercado com um grande potencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos anos 60.

ANOS 40 - A MODA E A GUERRA

Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa. Apesar das regras de racionamento, impostas pelo governo, que também limitava a quantidade de tecidos que se podia comprar e utilizar na fabricação das roupas, a moda sobreviveu à guerra.
A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou até o final dos conflitos. A mulher francesa era magra e as suas roupas e sapatos ficaram mais pesados e sérios. A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem de reformar suas roupas e utilizar materiais alternativos na época, como a viscose, o raiom e as fibras sintéticas. Mesmo depois da guerra, essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a consumidora média que queria estar na moda, mas não tinha recursos para isso. O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar. As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o "tweed", muito usado na época.
As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares. O náilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas, muitas vezes com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as costuras.
Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Com a dificuldade em encontrar cabeleireiros, os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época. A maquilagem era improvisada com elementos caseiros. Alguns fabricantes apenas recarregavam as embalagens de batom, já que o metal estava sendo utilizado na indústria bélica. A simplicidade a que a mulher estava submetida talvez tenha despertado seu interesse pelos chapéus, que eram muito criativos. Nesse período surgiram muitos modelos e adornos. Alguns eram grandes, com flores e véus; e outros, menores, de feltro, em estilo militar.
Com a falta de materiais em quase todos os setores e em todos os países envolvidos nos conflitos, novos materiais foram desenvolvidos e utilizados para a produção de objetos e móveis, como os potes flexíveis e duráveis, de polietileno, que ficaram conhecidos como Tupperware.
Em 1945, foi criada uma exposição de moda, com a intenção de angariar fundos e confirmar a força e o talento da costura parisiense. Como não havia material suficiente para a produção de modelos luxuosos, a solução foi vestir pequenas bonecas, moldadas com fio de ferro e cabeças de gesso, com trajes criados por todos os grandes nomes da alta-costura francesa.
No pós-guerra, o curso natural da moda seria a simplicidade e a praticidade, características da moda lançada por Chanel anteriormente. Entretanto, o francês Christian Dior, em sua primeira coleção, apresentada em 1947, surpreendeu a todos com suas saias rodadas e compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos.
O sucesso imediato do seu "New Look", como a coleção ficou conhecida, indica que as mulheres ansiavam pela volta do luxo e da sofisticação perdidos. Dior estava imortalizado com o seu "New Look" jovem e alegre. Era a visão da mulher extremamente feminina, que iria ser o padrão dos anos 50.


A Troca (no original: Changeling) é um filme de drama estadunidense, ambientado no fim na década de 20 do século XX. O filme é dirigido por Clint Eastwood e escrito por J. Michael Straczynski.
Baseado em fatos reais, Christine Collin (Angelina Jolie) é uma mãe que ora fervorosamente para que seu filho Walter Collin (Gattlin Griffith) retorne para casa. O menino foi seqüestrado em uma manhã de sábado, após ela ter saído para trabalhar. Com a ajuda do reverendo Briegleb (John Malkovich) e após meses de buscas intensas, finalmente, a polícia encontra o garoto. Mas algo está errado e, em seu coração, Christine sabe que ele não é seu filho verdadeiro.

Objetivos do filme:

- Situar os alunos na década de 20 e início da década de 30;
- Propor uma releitura da indumentária (roupas, acessórios...) utilizados nas décadas em estudo;
- Realizar um texto discursivo com intuito de facilitar o aprendizado dos fatos passados pela sociedade da época em questão.

ANOS 30 - TEMPOS DE CRISE

Após uma década de euforia, a alegria dos “felizes anos 20” chegou ao fim com a crise de 1929. A queda da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma crise econômica mundial sem precedentes. Milionários ficaram pobres de um dia para o outro, bancos e empresas faliram e milhões de pessoas perderam seus empregos.
Em geral, os períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Diferentemente dos anos 20, que havia destruído as formas femininas, os 30 redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias. As saias ficaram longas e os cabelos começaram a crescer.
Os vestidos eram justos e retos, além de possuírem uma pequena capa ou um bolero, também bastante usado na época. Em tempos de crise, materiais mais baratos passaram a ser usados em vestidos de noite, como o algodão e a casimira.
O corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite marcaram os anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de atenção. Alguns pesquisadores acreditam que foi a evolução dos trajes de banho a grande inspiração para tais roupas decotadas.
A moda dos anos 30 descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados procuravam lugares à beira-mar para passar períodos de férias. Seguindo as exigências das atividades esportivas, os saiotes de praia diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura, assim como alguns modelos de vestidos de noite.
A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada e esportiva. Aliás, o cinema foi o grande referencial de disseminação dos novos costumes. Hollywood, através de suas estrelas, como Katharine Hepburn e Marlene Dietrich, influenciaram milhares de pessoas. Alguns modelos novos de roupas surgiram com a popularização da prática de esportes, como o short, que surgiu a partir do uso da bicicleta. Os estilistas também criaram maiôs e suéteres. Um acessório que se tornou moda nos anos 30 foram os óculos escuros. Eles eram muito usados pelos astros do cinema e da música.
A mulher então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível. As formas eram marcadas, porém naturais. Seguindo a linha clássica, tudo o que era simples e harmonioso passou a ser valorizado, sempre de forma natural.
Raymond Loewy foi um dos designers mais bem-sucedidos dos Estados Unidos. Ele foi responsável pela remodelagem de diversos produtos, como a embalagem dos cigarros Lucky Strike e o logotipo da Shell.
Nessa época, o termo prêt-à-porter ainda não era usado, mas os passos para o seu surgimento eram dados pela butique, palavra então muito utilizada que significava “já pronto”. Nas butiques surgiram os primeiros produtos em série assinados pelas grandes maisons. No final dos anos 30, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, que estourou na Europa em 1939, as roupas já apresentavam uma linha militar, assim como algumas peças já se preparavam para dias difíceis, como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.
Muitos estilistas fecharam suas maisons ou se mudaram da França para outros países. A guerra viria transformar a forma de se vestir e o comportamento de uma época.

Texto por CLAUDIA GARCIA – Folha de São Paulo (Almanaque Folha)

domingo, 17 de janeiro de 2010

ANOS 20 - A ERA DO JAZZ!


Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas – mulheres modernas da época, que freqüentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz. A sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também freqüentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood.

As mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas, como Gloria Swanson e Mary Pickford. Livre dos espartilhos, usados até o final do século 19, a mulher começava a ter mais liberdade e já se permitia mostrar as pernas e o colo.

A boca era carmim, pintada para parecer um arco de cupido ou um coração; os olhos eram bem marcados, as sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons escuros da maquilagem. A silhueta dos anos 20 era tubular, com os vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os movimentos frenéticos exigidos pelo Charleston – dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas.

O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o “cloche”, enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a “la garçonne”, como era chamado. A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos. Em 1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres – um verdadeiro escândalo aos mais conservadores. A década de 20 foi da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos.


Imagem da esquerda para a direita: French 1921, French 1924, French 1924, French 1925, Poiret 1922, Poiret 1922, Pinet 1925 e Tiffani & Co. 1920.


Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso. Outro nome importante foi Jean Patou, estilista francês que se destacou na linha “sportswear”, criando coleções inteiras para a estrela do tênis Suzanne Lenglen, que as usava dentro e fora das quadras. Suas roupas de banho também revolucionaram a moda praia.

Os anos 20, em estilo art-déco, começou trazendo a arte construtivista – preocupada com a funcionalidade. Foi a era das inovações tecnológicas, da eletricidade, da modernização das fábricas, do rádio e do início do cinema falado, que criaram, principalmente nos Estados Unidos, um clima de prosperidade sem precendentes, constituindo um dos pilares do chamado “american way of life” (o estilo de vida americano). Toda a euforia dos “felizes anos 20″ acabou no dia 29 de outubro de 1929, quando a Bolsa de Valores de Nova York registrou a maior baixa de sua história.

De um dia para o outro, os investidores perderam tudo, afetando toda a economia dos Estados Unidos, e, conseqüentemente, o resto do mundo. Os anos seguintes ficaram conhecidos como a Grande Depressão, marcados por falências, desemprego e desespero.


Texto por Claudia Garcia – Folha de São Paulo (Almanaque da Folha)


Releituras dos anos 20 nos desfiles de inverno e verão 2008/2009, principalmente da Semana de Moda de Nova Iorque: